terça-feira, 29 de maio de 2012
A arte de ser feliz (por Cecília Meireles)
“Houve um
tempo em que minha janela se abria sobre uma cidade que parecia ser feita de
giz. Perto da janela havia um pequeno jardim quase seco.
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas
todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a
mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de
aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas,
para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu
coração ficava completamente feliz.
Às vezes abro a janela e encontro o jasmineiro em flor. Outras vezes encontro
nuvens espessas. Avisto crianças que vão para a escola. Pardais que pulam pelo
muro. Gatos que abrem e fecham os olhos, sonhando com pardais. Borboletas
brancas, duas a duas, como refletidas no espelho do ar. Marimbondos que sempre
me parecem personagens de Lope de Vega. Às vezes, um galo canta. Às vezes um
avião passa. Tudo está certo, no seu lugar, cumprindo o seu destino. E eu me
sinto completamente feliz.
Mas, quando falo dessas pequenas felicidades certas, que estão diante de cada
janela, uns dizem que as coisas não existem, outros que só existem diante das
minhas janelas, e outros, finalmente, que é preciso aprender a olhar, para
vê-las assim."
Era uma época de estiagem, de terra esfarelada, e o jardim parecia morto. Mas todas as manhãs vinha um pobre com um balde e, em silêncio, ia atirando com a mão umas gotas de água sobre as plantas. Não era uma regra: era uma espécie de aspersão ritual, para que o jardim não morresse. E eu olhava para as plantas, para o homem, para as gotas de água que caíam de seus dedos magros e meu coração ficava completamente feliz.
quarta-feira, 23 de maio de 2012
A Cura pelas Plantas
"Aprenda
com as plantas a viver o momento presente. Amanhã a flor pode já ter murchado.
Amanhã pode ser que não chova – ou que falte o sol. Aprenda com as plantas a
não economizar experimentações. Viva o hoje intensamente. Aprenda a aceitar o
eterno ciclo da mudança de estações como uma bênção. Receba cada fase como um
novo começo – e não como um novo fim. Tenha em mente que é sempre possível
replantar, mudar de terra. Celebre, numa simples mudança de jardineira, a
promessa da terra nova. Os budistas dizem que, se pudéssemos perceber
claramente o milagre que representa uma simples flor, nossa vida mudaria por
completo. Contemple a vida em suas infinitas escalas – da planta inteira, raiz,
caule e folhas, ao microcosmo de cada nervura de folha. Cerque-se de plantas,
aprenda com elas. Acredite numa vida mais saudável e mais perto do natural, em
que as plantas sejam acolhidas numa casa como seres e não como objetos."
http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI287381-16940,00-SEGREDOS+DE+UMA+CASA+FELIZ.html
http://revistacasaejardim.globo.com/Revista/Common/0,,EMI287381-16940,00-SEGREDOS+DE+UMA+CASA+FELIZ.html
sexta-feira, 18 de maio de 2012
TERRÁRIOS (TERRARIUMS) OU JARDINS DE VIDRO - Deixe-se transportar para esse mini mundo protegido e apaixonante !
TERRÁRIOS
(TERRARIUMS) OU JARDINS DE VIDRO
* O QUE É UM TERRÁRIO ?
O TERRÁRIO se trata de um recipiente fechado (ou
semi-fechado) onde se torna possível o cultivo de diversas espécies de plantas,
tornando-se um belíssimo jardim em escala miniatura.
No TERRÁRIO reproduz-se a atmosfera quente e úmida das
florestas tropicais, proporcionando às plantas condições ambientais favoráveis
ao seu desenvolvimento, fazendo com que se tornem auto-suficientes, uma vez que
a água e os nutrientes são constantemente reciclados dentro do recipiente de
vidro. A água através da transpiração das folhas e da evaporação se condensa
sobre as paredes de vidro, de onde escorrem de volta para a terra sendo
novamente absorvidas pelas plantas. As regas são pouco freqüentes, uma vez que
o TERRÁRIO permanece fechado a maior parte do tempo, isso significa dizer que
sua manutenção e conservação é extremamente fácil !
O TERRÁRIO controla sua própria atmosfera, mantém o ciclo
hidrológico e conserva a temperatura interior mais ou menos constante. Apesar de confinadas no ambiente de um
recipiente com limitações de espaço, quantidade de água e nutrientes no solo,
as plantas crescem sadias e ordenadas dentro do TERRÁRIO. Ao alcançar o
equilíbrio interno, o TERRÁRIO pode permanecer por muito tempo em ótimas
condições decorando sua casa !
Adquirindo um TERRÁRIO, é possível desfrutar das belezas de
uma pequena floresta, num ambiente fechado, que complementa com um toque de
natureza qualquer canto de um ambiente.
* A ORIGEM DO TERRÁRIO :
Existem notícias de plantas em potes de vidro desde 500 A.C.
Todavia, nos tempos modernos, foi na Inglaterra, em 1827, que um médico inglês,
o Dr. Nathaniel Begshaw Ward descobriu acidentalmente que avencas podiam
crescer dentro de algumas garrafas. Fez experimentos com outros tipos de
plantas e divulgou amplamente sua descoberta em 1842, num livro intitulado “On
The Growth of Plants in Closely Glazely Cases”. Imediatamente se reconheceu a
utilidade dessas garrafas (ou caixas wardianas) contendo plantas que logo
serviriam para o transporte de plantas raras ou delicadas entre os continentes,
em especial do Novo Mundo para a Europa com destino às plantações, coleções ou
Jardins Botânicos. Assim as plantas poderiam chegar a salvo, mesmo em face das
longas travessias marítimas.
* COMO FUNCIONA O TERRÁRIO ?
Sendo um recipiente fechado, o TERRÁRIO é peculiar na
manutenção de suas condições atmosféricas. Em seu interior, o ciclo das chuvas
é mantido, as plantas ficam a salvo das flutuações externas de temperatura e a
umidade necessária se mantém estável. As plantas crescem, produzem novas folhas
e galhos e aqueles substituídos são decompostos lentamente, reincorporando seus
elementos ao solo. Isso indica, sem dúvida, a presença de fungos ou bactérias
que atuam nessa decomposição. Entretanto, devido ao equilíbrio, todas essas
presenças coexistem como fatores imprescindíveis à manutenção e desenvolvimento
da vida no ambiente. Isso faz do TERRÁRIO um sistema auto-sustentável. A água
do solo é absorvida pelas plantas e transpirada para o meio pelas folhas na
forma de vapor d’água, que se condensa nas paredes do recipiente, escorrendo e
retornando ao solo, sendo novamente absorvida pelas raízes das plantas. Esse é
o ciclo hidrológico ou ciclo das chuvas, o que significa dizer que CHOVE NO
TERRÁRIO !!! Durante a noite as plantas
inspiram o oxigênio disponível no ambiente e expiram o gás carbônico. Durante o
dia elas inspiram o gás carbônico usado na fotossíntese, expiram oxigênio e
transpiram água. O processo de fotossíntese fornece energia para a planta e a
absorção de água e nutrientes serão utilizados na formação de seus diversos
tecidos e crescimento.
Ao contrário do que possa parecer num primeiro momento, as
plantas são beneficiadas pela clausura do TERRÁRIO, pois, os recipientes de
vidro são uma espécie de refúgio para elas que ficam a salvo do vento, da
poeira e da poluição. É um lindo e pequeno habitat a ser admirado e estudado !
Observar um TERRÁRIO é uma atividade relaxante.
DEIXE-SE TRANSPORTAR PARA ESSE MINI MUNDO
PROTEGIDO E APAIXONANTE !
_____________________________
Referências/Fontes:
- J.R. Araújo, Recife, Outubro, 2004.
- Terrariums
& Miniature Gardens – by the Editors of Sunset Books and Sunset Magazine –
Lane Magazine and Book Company, 1973.
- Pamela
Westland – Terrariums- Chartwell Books – a Division of Book Sales, Inc. 1993.
- B. Tija e
R.J. Black – Terrariums - Florida Cooperative Extension Service / Institute of
Food and Agricultural Sciences / University of Florida – 1980/1988.
sexta-feira, 11 de maio de 2012
"A veneração a essa força (NATUREZA) que está além de tudo o que podemos compreender (DEUS) é a minha religião."
“Nunca o
homem inventará nada mais simples nem mais belo do que uma manifestação da
natureza. Dada a causa, a natureza produz o efeito no modo mais breve em que
pode ser produzido”. Leonardo da Vinci
“Aquilo que é impenetrável para nós, existe de fato. Por trás dos segredos da
natureza há algo sutil, intangível e inexplicável. A veneração a essa força que
está além de tudo o que podemos compreender é a minha religião.” Albert
Einstein
Assinar:
Postagens (Atom)